domingo, 14 de setembro de 2008

DESABAFO


Suportando a dor, a saudade, aquela que habita em mim, a solidão, a que invade o coração, a distância que nos separa. A mão que escrevo pede afago, o braço clama por um um abraço. Contando as horas, os dias, falta pouco pra arrancar as espadas, a armadura que me envolve, encravadas. Tô chegando, tô chegando de volta pro meu aconchego, jogado nas mãos de Deus. Tô chegando! Querendo escrever com o próprio punho, atravesso mais uma adversidade, corro atrás da felicidade. Já me chamaram de louco, de menino traquino, de tudo que se possa imaginar, liguei para um oi! Via Embratel, esqueceram de mim! Já levei um não, e não olho mais para um tim! Não guardo mágoas, nunca disseram um sim, e é claro! Na madrugada, não durmo, viro tetéu. Ignoram-me quando disse ¨te amo ¨! Já marquei encontros imaginários, sofro pra caramba. Ando numa corda bamba, sou bom de samba, escuto Paulinho da Viola, Cartola, Noel. Nas minhas andanças pequenas lembranças, sou cor-de-rosa, incompreendido mais uma vez, mesmo assim conjugo o verbo amar , primeira pessoa do singular, aí pergunto como vai você ? Fico sem respostas, atende meu chamado, te chamo! Não sou radical troquei de celular, tô vivo! Preciso ser amado. Pessoas afastam-se de mim, deletam meus sonhos, os recados já não são os mesmos de antes, já não os recebo mais. Aprendi a dançar com Fred, a me apaixonar por coisas simples, procuro amor, não bebo campari nem red, percorro um caminho, em busca de um carinho. Sigo sozinho. Única companhia: todas as letras... Dedicado ao meu doce de leite , Camila Morgado.
Alcely Júnior

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