domingo, 25 de janeiro de 2009

UM AMOR DE PEQUENA


Contracenando com a vida, minha própria vida, te encontrei por aí, relances aqui, lampejos acolá. Um tanto longe de mim, não sei onde moras, não sei o teu nome, quem sabe: Angelina Jolie, kate Winslet, Meryl Streep. Tens alguns pontos de sonhos, moderna, dinâmica, despojadérrima. Contagiante é o teu sorriso, encanto de pessoa. Noite de neblina, madrugada sou só amor... Manhã de sol... Ensolarada Marina. Dueto de mar e lua, letras e adornos, lágrimas de alegria e o devido tom da palavra. Quem é ela? ... Canta, toca e encanta a todos, voz poética. Sou um poeta a procurar por ti nos quatro cantos desta cidade, nos quatro lugares do mundo, no olhar, em uma balada... Saudade sem fim. Reformulei datas, confesso o meu afeto e dedicação. E assim vou recitando versos meus, teus. Final de tarde de um dia qualquer, decifro códigos, presencio frases lindas com a ajuda da tua beleza. Quem é ela? ... Simplesmente: um amor de pequena... Adoro tu, linda morena...

Alcely júnior*

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DADIM


Vivenciar alguns momentos da minha vida, engatar a macha ré, olhar no retrovisor, simples, não?
-Quando eu nasci meu pai falou:
-esse vai ser danado! Dado, foi meu segundo irmão. Pena que ele foi embora tão ligeiro... Que saudade do meu “preto”... Jogávamos bila juntos em frente à igreja do socorro. Minha mãe, certa vez disse:- Dadim e Junin (ou Duin e Duão) vocês parecem bila vai bila vem. Éramos de grude e pra tomar banho e entrar num chuveiro, naquele tempo, nem pensar!
Mas, depois de um certo dia, um amor apareceu de verdade, que sem preconceito me encheu de alegria: Ana Maria! Foi minha motivação, meu radinho de pilhas... acho que até agora ninguém vai entender e não sei dizer. O prazer tomou conta de minha alma e a paixão ficou sempre impregnada no meu corpo. Vai valer a pena. Desistir, jamais, prosseguir, sempre. Outro dia, escutei a voz de Dadim no meu ouvido:- Se você fez tudo por amor é porque a sua índole fez você assim. É por isso que sou dado e entregue ao amor. Até hoje a saudade de um amigo que nunca tive, permanece em mim. Já chorei de dor, por amor e, olhando pra bila dos meus olhos vejo a idade avançar. Mas que nada, pois eu só quero amar... Lá de cima, cuida bem de mim!

Alcely Júnior

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ARQUIVO CONFIDENCIAL



De volta ao passado, ontem ao luar, vivenciando uma freqüência carinhosa, minuto de uma promessa enigmática, devido a um ponto de interrogação. Resolvi mudar completamente usando vários paliativos. Sem rumo, sem lenço para não chorar, sem documento para não ser identificado, clamando atos pela paz, reflexão: sensibilidade a flor da pela, moro aonde não mora ninguém, namoro o azul da cor do mar, acompanhado de tudo que acontece em meu coração: angina no peito, cefaléias, insônia, febre, alto índices de lampejos de paixão, sem cerimônia, celidônia, cheiro de alfazema, bolando pra lá e pra cá, cantigas de niná, realidade e misticismo morrendo de saudade do enredo medo de te perder, desajeitado sinto a solidão bater forte no meu coração, aliado a uma imaginação, aventureiro, omisso talvez ! De repente noite de amor: o segredo que agente só conta para quem mais confia pessoas super fíéis, amigos de tantos anos. Um referencial: procurando te encontrar, sem pronunciar palavras, depois de algum tempo abraçados, tanta emoção, arrepios, dádiva, encontro marcado, hora incerta, cúmplices de lembranças, na linguagem universal, o beijo… nos olhos… na alma… na carne… sementes rodriguianas, sublinhadas, uníssonas, intimidades prévias, fragmentadas com traduções simultâneas, drummonianas quem sabe? O carinho, o desejo, uma nudez com consentimento, fazendo sei lá o que! Querendo dizer tudo, provocando risos… derramando pranto, sonetos e duetos, navegando o corpo, roçados segredos, êxtase do nada surgindo o tudo. Para sempre dentro de ti…

Na verdade uma ode à coragem da palavra “O Amor”.

Alcely Júnior