terça-feira, 7 de outubro de 2008

ISIS*


Estava eu na véspera do dia da criança, só, somente só, em frente a uma lojinha de brinquedos. Atônito a tudo e a todos, desconfiado daqueles bichinhos a me espreitar quase de perto, imaginando o possível, o imaginável. Perplexo com a situação, sempre pensando no óbvio, achando que um dia aquelas bonequinhas pudessem me dizer alguma coisa, ensinar-me viver, compreender, enfim; e uma delas me chamou atenção por ser mais bela, meiga e singela. Ao meu redor, pessoas com muita energia, sem perceber minha presença; os sensatos em pensamentos, os semblantes engraçados, bocas com sorrisos, pândegos na sua essência. Mas, nesse fluxo, no mundo das desilusões, observando o jeito de ser, passando por um momento inebriante, delirante e inconfundível. Em cada dia, consigo decifrar tudo que queres me falar: o sorriso, a alegria, o contentamento. No teu mundo encantado, sou o palhaço das perdidas ilusões, o malabarista da vida, uma mente quase brilhante, o sexto sentido da fala, e ao falar, não dizes nada, simplesmente, cantas o cântico do amor. Na sua inocência, pra mim, sempre AMORE MIO.

Alcely Júnior

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