segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CLARICE




Andando pelo mundo, prestando atenção em tudo, com o coração na mão, o dia: Imaculada Conceição. Fixei um ponto imaginário, fechei os olhos, mergulhei no meu silêncio e criei teu rosto: olhos tristes e profundos maçãs querendo beijos. O tempo trouxe uma solução e uma canção: saudade palavra triste quando se perde um grande amor...Chegando devagarzinho, o retrato de um sonho, querendo acordar ao teu lado, algo diferente: a companhia da solidão, uma maneira, jeito de ser livre, aos poucos tua vida se confundia com a minha: “a última romântica” criança convivendo com a aventura, juventude, a melhor compreensão, um coração frágil, a eterna busca do prazer, abnegação, palavras de um estado de lucidez. O encontro: histórias idênticas de amor com o coração apertado, glorificado, empolgado com a quinta história; três verdadeiras,uma escondida no peito, a ultima fica por conta da minha imaginação, mas com tanto amor, uma diferença adormecida, estranha, esmaecida.
No dia seguinte, as alegrias contidas, ao apagar das luzes gratidão, merecimento, uma felicidade eterna...
Um pouco cansado chegaríamos ao dia “10 de dezembro” hora marcada, encontro marcado à espera de um mundo melhor mais terno e fraterno, mas ao chegar no inusitado destino, não te encontrei, no mesmo lugar fiquei, imóvel ao segurar minhas, lágrimas, de repente alguém em seu lugar apareceu com um presente nas mãos: um livro- felicidade clandestina- e um bilhete contendo aos últimas letras que choram:
Saudades...